
Porque num dia como hoje, em que graças a ele e a outros, que lutaram pela liberdade posso escrever este texto, não podia deixar de expressar a minha profunda admiração por este homem.
Absolutamente fantástico, simples e quanto mais leio sobre ele mais cresce a minha admiração!
A mais breve bibiografia que li sobre ele resume-se a isto:
"Salgueiro Maia, soldado português que à frente de 240 homens e com dez carros de combate da EPC avançou em 25 de Abril de 1974 sobre Lisboa, ocupou o Terreiro do Paço levando os ministros de um regime ditatorial de quase 50 anos a fugir como coelhos assustados, cercou o Quartel do Carmo obrigando Marcelo Caetano a render-se e a demitir-se. Atingiu o posto de tenente-coronel, recusou cargos de poder. É o mais puro símbolo da coragem e da generosidade dos capitães de Abril."
Quando vi um documentário sobre a vida dele e com uma entrevista, já perto da data da morte (4 de Abril de 1992) o que se via era exactamente isto, um homem determinado e sem ambições de poder, mas também extremamente desiludido com a democracia que vivemos hoje.
Tudo o que possa dizer sobre ele vai parecer uma redundância!!!
Fica para sempre a frase que disse na madrugada de 25 de Abril de 74, parada da Escola Prática de Cavalaria, em Santarém:
"Há diversas modalidades de Estado: os estados socialistas, os estados corporativos e o estado a que isto chegou! Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos. De maneira que quem quiser, vem comigo para Lisboa e acabamos com isto. Quem é voluntário sai e forma. Quem não quiser vir não é obrigado e fica aqui."
Todos os 240 homens que ouviram estas palavras, ditas da forma serena mas firme, tão característica de Salgueiro Maia, formaram de imediato à sua frente.Depois seguíram para Lisboa e marcharam sobre a ditadura.
Para além de tudo era um homem com muito humor!
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